Após o comércio triangular houve a entrada dos
portugueses para a região central do Brasil, modificando assim o foco da
economia europeia, pois diminuiu-se a procura por especiarias (como o
Pau-Brasil) visando a procura por metais preciosos.
A descoberta do ouro no Brasil aconteceu no século XVII, na região de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, o que provocou uma verdadeira ‘corrida do ouro’ para essas regiões. A descoberta do precioso metal foi feita em 1698 por Antônio Dias de Oliveira.
A descoberta do ouro no Brasil aconteceu no século XVII, na região de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, o que provocou uma verdadeira ‘corrida do ouro’ para essas regiões. A descoberta do precioso metal foi feita em 1698 por Antônio Dias de Oliveira.
A partir
daí, a notícia se disseminou pelo país e chegou à Portugal por correspondência
enviada pelos governadores portugueses instalados no Brasil.
Com a mesma
rapidez com que a notícia da descoberta das minas se espalhou, milhares de
pessoas chegavam á região de diversos pontos.
A grande onda de pessoas que chegavam a essas regiões era
bastante heterogênea, vindas de todas as partes do Brasil e de Portugal,
gerando um grande e rápido aumento da população nessas regiões, principalmente
na região de Minas Gerais.
O ouro brasileiro era encontrado em três formas: no leito
dos rios, que era mais superficial; nas margens, que era mais profundo, e nas
encostas dos rios, a maneira mais profunda de se chegar ao ouro. Por ter uma
quantidade muito grande de mineradores esse ouro encontrado acabava muito
rápido, se tornando escasso nessas regiões. Com isso os mineradores eram
conhecidos como nômades, por ter que sair em busca de novas fontes auríferas.
Com a ideia de enriquecimento rápido milhares de pessoas
saíam de seu local de origem em busca do ouro, com isso vários caminhos foram
descobertos, possibilitando o conhecimento de uma grande parte do território
brasileiro.
Muitos
desses caminhos serviram como rotas de escoamento do ouro, possibilitando a
visibilidade do Brasil em relação as outras nações. Assim o Brasil se tornou a
colônia mais importante do Império português e o principal fornecedor de
riquezas para a metrópole.
A corrida
do ouro durou cerca de oitenta anos, e após esse grande marco na história
brasileira as industriais estrangeiras voltaram seus olhares para o continente
americano, visando a instalação dessas grandes empresas no solo brasileiro.
De
olho nesse mercado, a empresa Ford
decide em 1919 trazer a empresa ao Brasil montada
na rua Florêncio de Abreu, centro da cidade de São Paulo. Em 1925, foi a vez da General Motors do Brasil abrir
sua fábrica no bairro paulistano do Ipiranga, porém foi em novembro de 1891 que o primeiro carro
motorizado chegou em solo brasileiro. Tudo indica que um automóvel Peugeot modelo Tipo
3 foi o primeiro
carro a rodar em nosso país. Ele
teria sido importado da França pela família Dumont.
Porém, foi somente em 1956,
durante o governo de Juscelino Kubitschek que as multinacionais automotivas
começaram a montar os automóveis. Inicialmente produziam-se caminhões,
camionetas, jipes, furgões e carros de passeio. Logo depois teve início a
produção dos Volkswagem, DKW-Vemag, Willys-Overland, Simca, Galaxie, Corcel
(então pertencente a Ford), Opala (da frota da Chevrolet), Esplanada, Regente e
Dart (marca da Chrysler), porém apesar de serem montados no Brasil eram
projetados nas matrizes europeias e norte-americanas com a maior parte de suas
peças e equipamentos importados.
No
dia 15 de novembro de 1957, saía às ruas o primeiro automóvel fabricado no
Brasil, com um índice de nacionalização relativamente elevado: tratava-se da
perua DKW. As linhas traseiras quadradas nada tinham a ver com a frente
arredondada, herdada dos DKW fabricados na Alemanha, parecia mais um carro de
padeiro. Não havia muitas alternativas quanto à cor da pintura nem do
estofamento, porém a perua andava bem e surpreendia pelo desempenho e economia.
O
motor era de dois tempos e três cilindros, com tração dianteira. Apenas 900 cm3
e 40CV. No entanto, sua aceleração e sua velocidade máxima eram razoavelmente
boas para a época. O câmbio tinha quatro marchas para a frente e a estabilidade
era satisfatória. O consumo de gasolina era surpreendentemente baixo. O grande
inconveniente era a necessidade de se misturar o óleo à gasolina, no próprio
tanque. Além disso, o cheiro exalado pela furgoneta era simplesmente horrível.
Ao
contrário dos fabricados na Alemanha, como: o V4 4=8, que possuía um motor com
25 cv de potência localizado em sua parte dianteira, era um motor de dois
tempos e quatro cilindros em arranjo V com uma bomba de carga para cada bancada
de cilindros. Alcançava uma velocidade máxima de 90 Km, com
um consumo de combustível de10 a 12 l por 100 km; ou o DKW F8, que
era longo e largo, com um motor de dois tempos e dois cilindros, com tração
dianteira e potência de 18 a 20 cv.
F8 V4
4=8
Após
a fase da perua DKW houveram vários outros carros fabricados no Brasil com
grande desempenho como o belcar que possuía notáveis dotes de velocidade,
resistência e estabilidade, com tração nas quatro rodas, o Fissori, o Rio,
entre outros.
E No decorrer dos anos
os automóveis se transformaram, hoje o automóvel possui
características como conforto e rapidez, além de ser mais silencioso e seguro
para seus passageiros. Todas essas mudanças e evoluções tem proporcionado um
aumento incrível de empregos por todo o mundo, levantando a economia das
empresas e movimentando o mercado consumidor, gerando assim grandes lucros para
a sociedade. Parte desse motor gerador é composto por
índios e seus descendentes, inserindo assim, cada vez mais, o povo indígena na
nossa sociedade.
A
imagem idealizada que todos temos dos índios é aquela onde eles vivem isolados
vivendo sua vida com seus costumes e crenças, mas essa imagem do índio vivendo
longe da civilização já é bastante diferente. Hoje em dia muitos indígenas já
não vivem aldeados, muitos moram nas cidades. Esses são os chamados índios
urbanos, que são pessoas que pertencem a uma etnia indígena, mas que migraram
para o meio urbano ou ate mesmo nasceram nele.
Dos 750
mil indígenas registrados no país pelo censo de 2002, mais da metade (383 mil) vive em áreas urbanas. A região norte é a que possui o maior numero de
indígenas, principalmente por causa da Amazônia.
DISTRIBUIÇÃO DOS ÍNDIOS NO BRASIL, EM % POR
REGIÃO
Muitas tribos, influenciadas pela cultura dos
brancos, perderam muitos traços culturais e acabaram acompanhando a evolução da
sociedade moderna por necessidade e até mesmo por sobrevivência, com isso
abandonaram as suas tradições. É muito comum encontrar em tribos indígenas
atuais, índios falando em português, vestindo roupas e até usando equipamentos
eletrônicos.
Algumas
tribos isoladas conseguiram ficar longe da influência do homem branco e
conseguiram manter sua cultura intacta. Infelizmente, são poucas tribos nesta
situação. Muitos povos indígenas tem se mantido graças à criação, nos últimos
anos, de reservas indígenas. Nestas áreas, ficam longe da presença de pessoas
que pretendem explorar riquezas da natureza.
Os
índios brasileiros estão divididos em três classes distintas segundo a pesquisa
feita pela FUNAI. Temos os grupos Isolados, que vivem totalmente isolados do
mundo e do homem branco, a FUNAI tem poucas informações ou quase nenhuma
sobre eles. Temos os Vias de Integração que vivem e seguem os costumes de sua
vida nativa, mas aceitam influências do meio externo, são os que têm contatos
com o homem branco.E os Integrados, que passaram a ser reconhecidos no pleno
exercício dos direitos civis, mas conservam seus costumes e tradições de
índios. Essa tribo é a mais urbanizada de todas e alguns índios vivem em
cidades, até trabalham em empresas e mantém outros costumes da sociedade
urbana.
No
Brasil, o órgão federal que cuida das políticas indigenistas é a Funai
(Fundação Nacional do índio. Fundada em 1967, ela é ligada ao Ministério da
Justiça.
Estima-se que há 370 milhões de índios
vivendo em mais de 70 países, as diferenças culturais entre esses povos é
enorme. Mas, os indígenas de todos os lugares compartilham os mesmos problemas.
No Brasil, o número de índios que migram para a cidade vem aumentando bastante.
Os principais motivos dessa migração é a busca por trabalho, educação, saúde,
desentendimentos em sua aldeia, o crescimento populacional, a falta de terras e
o acesso a alguns recursos que não conseguem
obter em suas aldeias. Mas ao chegar nos novos territórios, encontram
dificuldade para se fixar e passam a viver em favelas e enfrentando a pobreza devido
a ausência de serviços básicos e a falta de oportunidades. Assim, muitos desses
indígenas acabam trabalhando em subempregos e não atendendo assim suas
expectativas iniciais.
Outro problema que faz com
que muitos índios migrem para a cidade são as disputas territoriais que eles
enfrentam em suas terras. A
constituição de 1988 reconhece o direito dos índios sobre terras em tamanho
adequado ao seu modo de vida. Mas esse direito está comprometido pela ambição do
Estado e de fazendeiros em acelerar seu crescimento econômico pois para isso, é
preciso explorar os territórios e os recursos dos índios pois a maioria deles
estão em territórios indígenas. Eles ainda sofrem com a presença de garimpos na
região, construção de hidrelétricas, rodovias e o avanço da agropecuária de
grande porte. Outro problema é o desmatamento, a extração mineral, a derrubada
de árvores e a contaminação ambiental que são outros fatores que influenciam a
migração, há também os índios vão por conta própria.
De um lado, os índios afirmam que as terras pertenceram a seus antepassados e precisam dela para produzir o necessário à sua sobrevivência, resgatar seus costumes e preservar sua cultura. De outro lado, os fazendeiros sustentam que a demarcação de terras vai prejudicar a produção de alimentos sem necessariamente contribuir para melhorar as condições de vida dos índios. “O que poucos entendem é que, no campo, a terra é a base não apenas do poder econômico e político, mas também do poder cultural. Por isso, ainda há quem concorde com o discurso de que os índios são vagabundos. Ou que são todos uns aculturados que só querem terras para deixar o mato crescer”, diz o jornalista Cristiano Navarro. “Vivemos na miséria porque não tem mais floresta, nem bicho pra gente caçar. Só tem fazenda com soja e pasto”, diz o cacique de Laranjeira Ñanderu, Farid Mariano. “Podem nos oferecer o que for o que queremos é permanecer onde nossos antepassados morreram. E vamos permanecer. Para o índio, conforto é ter nossa terra”.
De um lado, os índios afirmam que as terras pertenceram a seus antepassados e precisam dela para produzir o necessário à sua sobrevivência, resgatar seus costumes e preservar sua cultura. De outro lado, os fazendeiros sustentam que a demarcação de terras vai prejudicar a produção de alimentos sem necessariamente contribuir para melhorar as condições de vida dos índios. “O que poucos entendem é que, no campo, a terra é a base não apenas do poder econômico e político, mas também do poder cultural. Por isso, ainda há quem concorde com o discurso de que os índios são vagabundos. Ou que são todos uns aculturados que só querem terras para deixar o mato crescer”, diz o jornalista Cristiano Navarro. “Vivemos na miséria porque não tem mais floresta, nem bicho pra gente caçar. Só tem fazenda com soja e pasto”, diz o cacique de Laranjeira Ñanderu, Farid Mariano. “Podem nos oferecer o que for o que queremos é permanecer onde nossos antepassados morreram. E vamos permanecer. Para o índio, conforto é ter nossa terra”.
Um caso conhecido dos índios urbanos são os Pankaruru, que
foram a primeira sociedade não aldeada reconhecida pela Funai. Apesar de se
espalharem por diversos bairros da cidade de São Paulo, eles se reúnem
regularmente para realizar suas festas e rituais.
Alguns dos índios que vivem na cidade procuram viver como
qualquer cidadão urbano. Esse afastamento da ancestralidade acontece quando
eles chegam nas cidades principalmente devido ao preconceito que eles enfrentam
e a grande falta de trabalho, o que torna a vida assumida de um índio muito
difícil. Mas o índio não deve negar sua
identidade, pois só assumindo sua cultura que os indígenas da cidade grande
podem se organizar para exigir seus direitos.
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