segunda-feira, 7 de abril de 2014

Após o comércio triangular houve a entrada dos portugueses para a região central do Brasil, modificando assim o foco da economia europeia, pois diminuiu-se a procura por especiarias (como o Pau-Brasil) visando a procura por metais preciosos.
A descoberta do ouro no Brasil aconteceu no século XVII, na região de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, o que provocou uma verdadeira ‘corrida do ouro’ para essas regiões. A descoberta do precioso metal foi feita em 1698 por Antônio Dias de Oliveira.
A partir daí, a notícia se disseminou pelo país e chegou à Portugal por correspondência enviada pelos governadores portugueses instalados no Brasil.
Com a mesma rapidez com que a notícia da descoberta das minas se espalhou, milhares de pessoas chegavam á região de diversos pontos.
            A grande onda de pessoas que chegavam a essas regiões era bastante heterogênea, vindas de todas as partes do Brasil e de Portugal, gerando um grande e rápido aumento da população nessas regiões, principalmente na região de Minas Gerais.
            O ouro brasileiro era encontrado em três formas: no leito dos rios, que era mais superficial; nas margens, que era mais profundo, e nas encostas dos rios, a maneira mais profunda de se chegar ao ouro. Por ter uma quantidade muito grande de mineradores esse ouro encontrado acabava muito rápido, se tornando escasso nessas regiões. Com isso os mineradores eram conhecidos como nômades, por ter que sair em busca de novas fontes auríferas.
            Com a ideia de enriquecimento rápido milhares de pessoas saíam de seu local de origem em busca do ouro, com isso vários caminhos foram descobertos, possibilitando o conhecimento de uma grande parte do território brasileiro.
Muitos desses caminhos serviram como rotas de escoamento do ouro, possibilitando a visibilidade do Brasil em relação as outras nações. Assim o Brasil se tornou a colônia mais importante do Império português e o principal fornecedor de riquezas para a metrópole.
A corrida do ouro durou cerca de oitenta anos, e após esse grande marco na história brasileira as industriais estrangeiras voltaram seus olhares para o continente americano, visando a instalação dessas grandes empresas no solo brasileiro.
De olho nesse mercado, a empresa Ford decide em 1919 trazer a empresa ao Brasil montada na rua Florêncio de Abreu, centro da cidade de São Paulo. Em 1925, foi a vez da General Motors do Brasil abrir sua fábrica no bairro paulistano do Ipiranga, porém foi em novembro de 1891 que o primeiro carro motorizado chegou em solo brasileiro. Tudo indica que um automóvel Peugeot modelo Tipo 3 foi o primeiro carro a rodar em nosso país. Ele teria sido importado da França pela família Dumont.
Porém, foi somente em 1956, durante o governo de Juscelino Kubitschek que as multinacionais automotivas começaram a montar os automóveis. Inicialmente produziam-se caminhões, camionetas, jipes, furgões e carros de passeio. Logo depois teve início a produção dos Volkswagem, DKW-Vemag, Willys-Overland, Simca, Galaxie, Corcel (então pertencente a Ford), Opala (da frota da Chevrolet), Esplanada, Regente e Dart (marca da Chrysler), porém apesar de serem montados no Brasil eram projetados nas matrizes europeias e norte-americanas com a maior parte de suas peças e equipamentos importados.
No dia 15 de novembro de 1957, saía às ruas o primeiro automóvel fabricado no Brasil, com um índice de nacionalização relativamente elevado: tratava-se da perua DKW. As linhas traseiras quadradas nada tinham a ver com a frente arredondada, herdada dos DKW fabricados na Alemanha, parecia mais um carro de padeiro. Não havia muitas alternativas quanto à cor da pintura nem do estofamento, porém a perua andava bem e surpreendia pelo desempenho e economia.
O motor era de dois tempos e três cilindros, com tração dianteira. Apenas 900 cm3 e 40CV. No entanto, sua aceleração e sua velocidade máxima eram razoavelmente boas para a época. O câmbio tinha quatro marchas para a frente e a estabilidade era satisfatória. O consumo de gasolina era surpreendentemente baixo. O grande inconveniente era a necessidade de se misturar o óleo à gasolina, no próprio tanque. Além disso, o cheiro exalado pela furgoneta era simplesmente horrível.


Ao contrário dos fabricados na Alemanha, como: o V4 4=8, que possuía um motor com 25 cv de potência localizado em sua parte dianteira, era um motor de dois tempos e quatro cilindros em arranjo V com uma bomba de carga para cada bancada de cilindros. Alcançava uma velocidade máxima de 90 Km, com um consumo de combustível de10 a 12 l por 100 km; ou o DKW F8, que era longo e largo, com um motor de dois tempos e dois cilindros, com tração dianteira e potência de 18 a 20 cv.


                   F8                                                          V4 4=8

Após a fase da perua DKW houveram vários outros carros fabricados no Brasil com grande desempenho como o belcar que possuía notáveis dotes de velocidade, resistência e estabilidade, com tração nas quatro rodas, o Fissori, o Rio, entre outros.
E No decorrer dos anos os automóveis se transformaram, hoje o automóvel possui características como conforto e rapidez, além de ser mais silencioso e seguro para seus passageiros. Todas essas mudanças e evoluções tem proporcionado um aumento incrível de empregos por todo o mundo, levantando a economia das empresas e movimentando o mercado consumidor, gerando assim grandes lucros para a sociedade. Parte desse motor gerador é composto por índios e seus descendentes, inserindo assim, cada vez mais, o povo indígena na nossa sociedade.
A imagem idealizada que todos temos dos índios é aquela onde eles vivem isolados vivendo sua vida com seus costumes e crenças, mas essa imagem do índio vivendo longe da civilização já é bastante diferente. Hoje em dia muitos indígenas já não vivem aldeados, muitos moram nas cidades. Esses são os chamados índios urbanos, que são pessoas que pertencem a uma etnia indígena, mas que migraram para o meio urbano ou ate mesmo nasceram nele.
Dos 750 mil indígenas registrados no país pelo censo de 2002, mais da metade (383 mil) vive em áreas urbanas. A região norte é a que possui o maior numero de indígenas, principalmente por causa da Amazônia.
DISTRIBUIÇÃO DOS ÍNDIOS NO BRASIL, EM % POR REGIÃO

Muitas tribos, influenciadas pela cultura dos brancos, perderam muitos traços culturais e acabaram acompanhando a evolução da sociedade moderna por necessidade e até mesmo por sobrevivência, com isso abandonaram as suas tradições. É muito comum encontrar em tribos indígenas atuais, índios falando em português, vestindo roupas e até usando equipamentos eletrônicos.
Algumas tribos isoladas conseguiram ficar longe da influência do homem branco e conseguiram manter sua cultura intacta. Infelizmente, são poucas tribos nesta situação. Muitos povos indígenas tem se mantido graças à criação, nos últimos anos, de reservas indígenas. Nestas áreas, ficam longe da presença de pessoas que pretendem explorar riquezas da natureza.
Os índios brasileiros estão divididos em três classes distintas segundo a pesquisa feita pela FUNAI. Temos os grupos Isolados, que vivem totalmente isolados do mundo e do homem branco, a FUNAI tem poucas informações ou quase nenhuma sobre eles. Temos os Vias de Integração que vivem e seguem os costumes de sua vida nativa, mas aceitam influências do meio externo, são os que têm contatos com o homem branco.E os Integrados, que passaram a ser reconhecidos no pleno exercício dos direitos civis, mas conservam seus costumes e tradições de índios. Essa tribo é a mais urbanizada de todas e alguns índios vivem em cidades, até trabalham em empresas e mantém outros costumes da sociedade urbana.
No Brasil, o órgão federal que cuida das políticas indigenistas é a Funai (Fundação Nacional do índio. Fundada em 1967, ela é ligada ao Ministério da Justiça.
Estima-se que há 370 milhões de índios vivendo em mais de 70 países, as diferenças culturais entre esses povos é enorme. Mas, os indígenas de todos os lugares compartilham os mesmos problemas. No Brasil, o número de índios que migram para a cidade vem aumentando bastante. Os principais motivos dessa migração é a busca por trabalho, educação, saúde, desentendimentos em sua aldeia, o crescimento populacional, a falta de terras e o acesso a alguns recursos que não conseguem obter em suas aldeias. Mas ao chegar nos novos territórios, encontram dificuldade para se fixar e passam a viver em favelas e enfrentando a pobreza devido a ausência de serviços básicos e a falta de oportunidades. Assim, muitos desses indígenas acabam trabalhando em subempregos e não atendendo assim suas expectativas iniciais.



Outro problema que faz com que muitos índios migrem para a cidade são as disputas territoriais que eles enfrentam em suas terras. A constituição de 1988 reconhece o direito dos índios sobre terras em tamanho adequado ao seu modo de vida. Mas esse direito está comprometido pela ambição do Estado e de fazendeiros em acelerar seu crescimento econômico pois para isso, é preciso explorar os territórios e os recursos dos índios pois a maioria deles estão em territórios indígenas. Eles ainda sofrem com a presença de garimpos na região, construção de hidrelétricas, rodovias e o avanço da agropecuária de grande porte. Outro problema é o desmatamento, a extração mineral, a derrubada de árvores e a contaminação ambiental que são outros fatores que influenciam a migração, há também os índios vão por conta própria.
De um lado, os índios afirmam que as terras pertenceram a seus antepassados e precisam dela para produzir o necessário à sua sobrevivência, resgatar seus costumes e preservar sua cultura. De outro lado, os fazendeiros sustentam que a demarcação de terras vai prejudicar a produção de alimentos sem necessariamente contribuir para melhorar as condições de vida dos índios. “O que poucos entendem é que, no campo, a terra é a base não apenas do poder econômico e político, mas também do poder cultural. Por isso, ainda há quem concorde com o discurso de que os índios são vagabundos. Ou que são todos uns aculturados que só querem terras para deixar o mato crescer”, diz o jornalista Cristiano Navarro. “Vivemos na miséria porque não tem mais floresta, nem bicho pra gente caçar. Só tem fazenda com soja e pasto”, diz o cacique de Laranjeira Ñanderu, Farid Mariano. “Podem nos oferecer o que for o que queremos é permanecer onde nossos antepassados morreram. E vamos permanecer. Para o índio, conforto é ter nossa terra”.
Um caso conhecido dos índios urbanos são os Pankaruru, que foram a primeira sociedade não aldeada reconhecida pela Funai. Apesar de se espalharem por diversos bairros da cidade de São Paulo, eles se reúnem regularmente para realizar suas festas e rituais.
Alguns dos índios que vivem na cidade procuram viver como qualquer cidadão urbano. Esse afastamento da ancestralidade acontece quando eles chegam nas cidades principalmente devido ao preconceito que eles enfrentam e a grande falta de trabalho, o que torna a vida assumida de um índio muito difícil.  Mas o índio não deve negar sua identidade, pois só assumindo sua cultura que os indígenas da cidade grande podem se organizar para exigir seus direitos.








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